Crime organizado, liderado por facções como PCC, Comando Vermelho e Comando do Norte, expandiu suas atividades para o setor de combustíveis, assumindo o controle de postos de gasolina e até usinas de etanol.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, destacou a gravidade da situação, revelando que o PCC controla cerca de 1.500 postos de combustíveis no país, manipulando toda a cadeia produtiva.
Essa infiltração criminosa gera um prejuízo anual de até R$ 33 bilhões aos cofres públicos, devido à sonegação de impostos, fraudes e adulterações nas vendas.
O interesse do PCC no setor de combustíveis é principalmente para lavagem de dinheiro. Controlando postos e usinas, a facção consegue integrar dinheiro ilícito na economia formal, dificultando o rastreamento e a apreensão de seus recursos.
Além disso, o controle da cadeia produtiva permite que o PCC manipule preços, extorça produtores e distribuidores, e obtenha vantagens competitivas ilegais.
O setor de combustíveis também oferece uma extensa rede de distribuição e logística, que pode ser utilizada para o transporte de drogas, armas e outros produtos ilícitos.
Desafios no combate ao crime organizado
O Ministério da Justiça e a ANP estão empenhados em combater o crime organizado no setor de combustíveis, enfrentando desafios significativos devido à base operacional do PCC na Bolívia, que dificulta a obtenção de informações cruciais para desmantelar as operações criminosas no Brasil.