Ameaças complexas marcam o início de uma nova era para os líderes de Cibersegurança

Aqui está a reformulação: O papel do Chief Information Security Officer (CISO) nunca foi tão desafiador e essencial como nos dias atuais. O aumento exponencial das ameaças cibernéticas, que podem causar danos irreparáveis à reputação, à confiança e ao patrimônio das empresas, exige que os CISOs estejam preparados para lidar com um cenário cada vez mais complexo e dinâmico. De acordo com um relatório da FireEye, o Brasil é o país mais atacado por hackers na América Latina e ocupa o quarto lugar mundial. Em 2024, o número de ataques cibernéticos registrados no Brasil chegou a 24.638, representando um aumento de 18% em relação ao ano anterior. Os setores mais visados foram finanças, saúde, governo e energia, com destaque para os ataques de ransomware, phishing, DDoS e APTs (Ameaças Persistentes Avançadas). Os CISOs devem se adaptar a essa nova era de ameaças cibernéticas sem precedentes, muitas vezes desempenhando diversas funções ao mesmo tempo, enquanto enfrentam a realidade de contenção de custos e investimentos em cibersegurança, especialmente no contexto brasileiro. A evolução do papel do CISO O cargo de CISO é relativamente recente. Ao contrário de outros cargos executivos, a função de diretor de segurança da informação só se consolidou a partir da década de 1990. Além disso, a função do CISO tem mudado constantemente. Segundo o relatório CISO de 2023 da Splunk, 90% dos entrevistados afirmaram que a função se transformou em um “trabalho completamente diferente” desde o início da carreira. Nos primeiros tempos, o CISO era responsável por políticas e controles básicos de segurança, com foco mais técnico do que gerencial. Hoje, suas responsabilidades são muito mais amplas, incluindo uma dimensão política significativa, onde ele precisa manter uma relação estreita com o CEO, o CFO e a área Jurídica da organização, visto que o orçamento da segurança é essencial para enfrentar as ameaças de hoje. Esse cenário representa um desafio para empresas em todo o mundo, especialmente no Brasil, onde a alta taxa de ataques se junta às incertezas econômicas e à flutuação do dólar, já que muitas soluções de segurança são vendidas em moeda estrangeira. Isso exige que os CISOs equilibrem os recursos disponíveis para garantir a proteção da empresa. A habilidade de comunicação Ao contrário da imagem estereotipada de um técnico, o CISO moderno deve ser um líder e um bom comunicador, capaz de criar e sustentar uma cultura sólida de segurança cibernética dentro da empresa. Além disso, os CISOs não devem atuar isoladamente. O apoio e a colaboração com o ecossistema externo — que inclui fornecedores, clientes, parceiros, órgãos reguladores e comunidades de segurança — são essenciais. Estes stakeholders podem oferecer informações, recursos, soluções e boas práticas, colaborando para melhorar a segurança da organização. Por isso, a comunicação e o relacionamento com o mercado são fundamentais. A segurança como uma visão holística Não basta adotar ferramentas e processos de segurança isolados. Os CISOs precisam adotar uma visão holística e integrada, que envolva desde a cultura e conscientização dos colaboradores até a governança e o alinhamento com os objetivos empresariais. A segurança deve ser vista como um fator transversal, essencial para a continuidade e crescimento da organização, e não apenas como um custo ou obstáculo. Para isso, os CISOs devem envolver todas as áreas da empresa, demonstrando o valor da segurança e estabelecendo indicadores claros e mensuráveis. Senso de urgência As ameaças cibernéticas estão em constante evolução e podem afetar qualquer organização, independentemente de seu porte ou setor. Por isso, é fundamental manter-se atualizado sobre as tendências e vulnerabilidades, investindo em soluções e metodologias que permitam antecipar-se aos riscos. Uma abordagem eficaz é incorporar a segurança desde a concepção de produtos e serviços (segurança por design), além de realizar testes e simulações periódicas para avaliar a eficácia e a resiliência dos sistemas de segurança. O papel crucial do CISO Embora o papel do CISO ainda esteja em transformação, esse profissional continua sendo essencial para proteger e inovar as organizações na era digital. Os CISOs precisam estar preparados para lidar com ameaças sem precedentes, demandando uma gestão proativa, estratégica e colaborativa da segurança da informação. Por fim, os CISOs devem compreender que a segurança da informação não é apenas uma questão técnica, mas também um fator de competitividade e valor para os clientes. Aqueles que conseguirem alinhar a segurança com os objetivos empresariais e as expectativas dos stakeholders, e que souberem comunicar de forma clara e convincente os benefícios e desafios da segurança, construirão uma cultura de segurança forte e sustentável, contribuindo para o sucesso e o crescimento da organização no cenário digital.  

Novas normas contábeis impulsionam a transparência e a sustentabilidade no Brasil

O Brasil dá um grande passo rumo à sustentabilidade com a publicação das novas Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas para Divulgação de Informações sobre Sustentabilidade (NBC TDS 01 e 02). Aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), essa nova legislação estabelece um marco histórico para as empresas brasileiras, exigindo maior transparência e detalhamento sobre os impactos ambientais, sociais e de governança (ESG) de suas operações. O que muda com as novas normas? As NBC TDS 01 e 02, alinhadas com os padrões internacionais emitidos pelo International Sustainability Standards Board (ISSB), trazem diversas novidades: Divulgação obrigatória de informações sobre sustentabilidade: As empresas precisarão incluir em seus relatórios financeiros informações detalhadas sobre seus riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade, como emissões de gases do efeito estufa, gestão de recursos hídricos e práticas de trabalho. Foco nos impactos climáticos: A NBC TDS 02 dedica um capítulo inteiro aos riscos e oportunidades relacionados ao clima, refletindo a crescente preocupação global com as mudanças climáticas. Melhoria da qualidade das informações: As novas normas estabelecem critérios mais rigorosos para a coleta, análise e divulgação das informações sobre sustentabilidade, garantindo maior confiabilidade e comparabilidade entre as empresas. Alinhamento com as melhores práticas internacionais: Ao adotar os padrões internacionais, o Brasil se posiciona como um país comprometido com a sustentabilidade e atrai investimentos estrangeiros. Por que as novas normas são importantes? Transparência: As empresas serão mais transparentes em relação aos seus impactos socioambientais, permitindo que investidores, consumidores e outros stakeholders avaliem seus desempenhos de forma mais precisa. Gestão de riscos: As novas normas incentivam as empresas a identificar e gerenciar os riscos relacionados à sustentabilidade, contribuindo para a sua resiliência a longo prazo. Oportunidades de negócios: A sustentabilidade representa uma grande oportunidade de negócios. Empresas que demonstrarem um forte compromisso com a sustentabilidade tendem a ser mais valorizadas no mercado. Alinhamento com as expectativas da sociedade: A sociedade como um todo está cada vez mais exigente em relação à sustentabilidade. As novas normas demonstram que as empresas brasileiras estão atentas a essas demandas. O que isso significa para as empresas? As empresas precisarão se adaptar às novas normas e implementar processos para coletar, analisar e divulgar as informações exigidas. Essa mudança representa um desafio, mas também uma oportunidade para as empresas se tornarem mais sustentáveis e competitivas. E para os profissionais da contabilidade? Os profissionais da contabilidade terão um papel fundamental na implementação das novas normas. Eles serão responsáveis por auxiliar as empresas na coleta, análise e divulgação das informações sobre sustentabilidade, além de garantir a conformidade com os requisitos legais.