O Simples Nacional: Benefícios para micro e pequenas empresas

O Simples Nacional é um regime tributário criado para facilitar a vida das micro e pequenas empresas no Brasil. Sua principal vantagem é a simplificação no pagamento e apuração de tributos, o que reduz a burocracia e a complexidade que essas empresas enfrentam. Ao optar por esse regime, os empreendedores conseguem realizar o pagamento de vários impostos, tanto federais, estaduais como municipais, por meio de uma única guia, o que torna o processo mais eficiente e menos sujeito a erros. Além da simplificação, o Simples Nacional proporciona uma considerável redução na carga tributária. Isso é possível porque as alíquotas são menores e progressivas, variando de acordo com o faturamento da empresa. Assim, as empresas com menor receita pagam menos impostos, o que torna o regime uma opção vantajosa para negócios em fase de crescimento ou que enfrentam dificuldades financeiras. Outro ponto positivo é a unificação dos impostos. No Brasil, a complexidade tributária é um desafio constante para os empreendedores, que muitas vezes enfrentam dificuldades para lidar com os diferentes níveis de impostos, como ICMS, ISS, IPI, entre outros. O Simples Nacional resolve essa questão ao reunir todos esses impostos em uma única guia de pagamento, o que reduz o custo administrativo e permite que o empresário concentre sua atenção no crescimento do negócio. Além disso, o regime oferece mais segurança e previsibilidade, uma vez que as alíquotas são definidas de acordo com a faixa de receita bruta anual da empresa. Isso permite que o empreendedor planeje melhor suas finanças, sem surpresas desagradáveis ao longo do ano. O Simples Nacional também incentiva a formalização de pequenos negócios, oferecendo um caminho mais acessível para quem quer regularizar sua situação fiscal e passar a usufruir de benefícios como a emissão de notas fiscais e o acesso a linhas de crédito mais favoráveis. Por fim, o Simples Nacional contribui para a competitividade das micro e pequenas empresas no mercado. Ao reduzir a carga tributária e os custos operacionais, as empresas conseguem oferecer preços mais competitivos e investir em melhorias para o seu negócio. Isso fortalece o ecossistema empresarial e favorece a geração de empregos, impulsionando a economia local e nacional. Em resumo, o Simples Nacional é uma excelente opção para micro e pequenas empresas, pois simplifica a gestão tributária, reduz a carga de impostos e favorece o crescimento sustentável desses negócios. Ao escolher esse regime, o empresário não só economiza tempo e recursos, mas também investe no fortalecimento do seu empreendimento no competitivo mercado brasileiro.

Pequenos negócios: a força motriz da economia brasileira, impulsionada pelo crédito

Sebrae Expande Linhas de Crédito e Apoia Crescimento de Micro e Pequenas Empresas. Com o apoio do Sebrae e do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe), empreendedores de todo o Brasil estão conquistando novos horizontes, transformando sonhos em realidade. Em uma parceria que já ajudou a liberar mais de R$ 1,5 bilhão em garantias, o Fampe tem se mostrado um grande aliado dos pequenos empresários que buscam crédito para expandir seus negócios. A Dupla Jonathan e Adam: Do Planejamento ao Sucesso Há 20 anos no cenário musical, a dupla sertaneja Jonathan e Adam, natural de Mato Grosso, tem feito sucesso com mais de 300 shows por ano, principalmente em Cuiabá, e 4 milhões de visualizações no YouTube. Para seguir ampliando sua presença e alcançar novos públicos, eles perceberam que precisavam investir em infraestrutura e marketing, mas a falta de recursos era um obstáculo. A solução surgiu com o auxílio do Sebrae, que ofereceu consultoria especializada e acesso ao financiamento de R$ 150 mil, com a garantia do Planejamento. Com esse recurso, a dupla adquiriu um ônibus, fundamental para reduzir os custos com transporte e permitir que eles cobrassem cachês mais justos pelos shows. “O Mato Grosso é muito grande e viajamos longas distâncias para os shows. Alugar transporte era caro demais, e com isso, não conseguíamos ter uma margem de lucro adequada. O ônibus foi um divisor de águas para nós”, destaca Jonathan. Além disso, o Sebrae os ajudou a fortalecer sua presença nas redes sociais e a negociar com rádios locais, permitindo que ampliassem suas apresentações para novos estados, como Goiás. Mais Crédito para Pequenos Empreendedores O Sebrae tem trabalhado para aumentar o acesso de micro e pequenos empresários ao crédito, principalmente com a ampliação de R$ 2 bilhões nas linhas de financiamento do Fampe. Essa expansão possibilita que o volume de crédito atinja até R$ 30 bilhões nos próximos três anos. A estratégia faz parte do Programa Acredita, lançado pelo governo federal, que inclui iniciativas como o *Desenrola*, focadas em apoiar microempreendedores individuais (MEI) e pequenas empresas. Em 2024, entre janeiro e maio, mais de 20 mil operações de crédito foram realizadas com o apoio do Fampe, representando um aumento de 140% em relação ao ano anterior. Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, a ampliação do acesso ao crédito é uma forma de diminuir a desigualdade entre os pequenos e grandes empresários, especialmente em um sistema financeiro que historicamente favorece os grandes. A História de Eliene Menezes: Superação e Crescimento A trajetória de Eliene Menezes Alves é um exemplo de determinação e perseverança. Em 2009, ainda estudante de Ciências Contábeis na Universidade Federal do Piauí, Eliene começou a vender peças de Opala para suas colegas de faculdade. O negócio foi crescendo e, em 2013, ela formalizou sua atividade como Microempreendedora Individual (MEI), transformando um quarto de sua casa em uma miniloja. Em 2019, quando abriu sua primeira loja física, a pandemia de Covid-19 trouxe desafios, mas também oportunidades. Eliene adaptou o seu modelo de negócios, utilizando as redes sociais para manter o contato com os clientes e, mesmo com as dificuldades, sua empresa prosperou. Em busca de crescimento, Eliene recorreu novamente ao Sebrae, que a ajudou a planejar a expansão de sua loja. Com o apoio do Fampe, ela obteve um financiamento de R$ 125 mil, o que permitiu expandir o estoque e contratar mais funcionários. Hoje, sua empresa, a Eliene Joias e Acessórios, oferece uma variedade de produtos, desde bijuterias em prata até joias em ouro, e está prestes a lançar um novo site de vendas. O próximo objetivo de Eliene é abrir uma franquia, com o acompanhamento contínuo do Sebrae. Para empreendedores que desejam acessar as linhas de crédito do Sebrae e utilizar o Fampe como garantia complementar, o primeiro passo é visitar o *Portal Crédito Consciente* do Sebrae. A plataforma oferece a *Calculadora de Planejamento Financeiro*, que auxilia na avaliação da real necessidade de crédito e na escolha da melhor linha de financiamento. O processo envolve também a apresentação de um plano de negócios ao gerente da instituição financeira de sua preferência, destacando o interesse em utilizar o Fampe. As taxas de juros variam conforme o perfil do cliente, a política do banco e a localização do negócio. Este artigo faz parte da série *Momento Crédito Consciente*, uma iniciativa do Sebrae Acredita para fornecer informações essenciais sobre crédito para micro e pequenos empresários em todo o país. Para acompanhar os próximos episódios da série, fique atento ao lançamento semanal de novas reportagens na Agência Sebrae de Notícias (ASN) Essa reformulação busca deixar o texto mais fluido e objetivo, mantendo os detalhes e as informações essenciais sobre o apoio do Sebrae a micro e pequenos empresários.

Aumento drástico nas recuperações judiciais, afetando principalmente três em cada quatro pequenos negócios.

Em abril, o número de pedidos de recuperação judicial atingiu o ponto mais alto em seis anos, de acordo com dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian. Um total de 184 empresas ingressaram com processos de proteção no mês, superando os 183 pedidos do mês anterior. Este resultado representa o terceiro pior da série histórica da Serasa Experian, ficando atrás apenas dos meses de setembro de 2016 (244) e de março de 2018 (190). Embora a variação possa ter sido pequena no mês, em comparação com abril de 2023, a quantidade de empresas buscando recuperação judicial aumentou em impressionantes 97,8%. Apesar do ciclo de redução de juros iniciado pelo Banco Central em agosto, o impacto das altas taxas da Selic ainda sobrecarrega o caixa das empresas, dificultando a quitação de dívidas e sua reorganização financeira. Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, destaca: “Enquanto a inadimplência não diminuir, as recuperações judiciais continuarão a aumentar, exigindo negociações com credores e implementação de estratégias para aumentar a receita e cumprir com os pagamentos”. Além do efeito a longo prazo dos juros elevados, o impacto contínuo da pandemia ainda afeta a recuperação das empresas. Contratos antigos foram ajustados e estão vencendo agora, enquanto contratos celebrados durante a pandemia, com previsões otimistas de crescimento, não se concretizaram. Quando se trata de Micro e Pequenas Empresas (MPEs), a situação é ainda mais preocupante. Dos pedidos feitos, 144 foram de CNPJs de pequeno porte, representando 78% do total. Filipe Denki, advogado especialista em Direito Empresarial, destaca: “As Micro e Pequenas Empresas são as mais afetadas em períodos de crise devido ao acesso limitado ao mercado de crédito e à falta de estrutura administrativa financeira das médias e grandes empresas”. A dificuldade em acessar crédito torna a recuperação dessas empresas ainda mais desafiadora, segundo Luís Fernando Guerrero, professor do Ibmec e especialista em recuperação judicial. Em resposta ao alto endividamento das pequenas empresas, o governo lançou o programa Desenrola Pequenos Negócios este ano, destinado aos Microempreendedores Individuais (MEIs) e MPEs. O programa contemplará renegociações de dívidas não pagas até 23 de janeiro deste ano, visando mitigar os impactos da inadimplência, que atualmente afeta 25% das Micro e Pequenas Empresas, de acordo com levantamento do Sebrae.